https://youtu.be/bg_a8VmVSeg
A primeira cidade brasileira a ter sistemas de ônibus com faixas exclusivas, o chamado BRT – Bus Rapid Transit, foi Curitiba, e a tecnologia acabou sendo exportada para outras cidades do país e do mundo.
Mas o sistema de ônibus ainda que seja eficiente, acaba sendo limitado frente aos sistemas metroferroviários, e a capital do Paraná já planejou sistemas sobre trilhos.
Desde a década de 60
A cidade começou a estudar seu Metrô em 1969, quando os primeiros estudos do traçado foram feitos na gestão do Prefeito Omar Sabbag. Em 2001 a prefeitura assina convênio com CBTU para elaborar Projeto Executivo de
Engenharia do VLT da Linha Verde.
Em 2007 o IPPUC – Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, lança edital para contratação de Estudos e Projetos de Engenharia do Metrô e sua respectiva Licença Ambiental Prévia. Em 2012 a prefeitura faz Audiência Pública do Metrô, com escavação em método convencional NATM e em CUT & COVER.
O projeto existente previa uma linha de 17,6 quilômetros, entre o Terminal do Cabral e a CIC Sul. Neste trecho, devem ser construídas 15 estações. A construção será feita através do método Shield, ou “Tatuzão”, que escava por debaixo da terra, através de uma tuneleira. Dos 17,3 quilômetros de extensão, 2,2 quilômetros deveriam ser elevados.
Suspensão do edital
O edital do metrô de Curitiba acabou sendo suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE), que pediu mudanças e questionou itens como laudo ambiental.
O custo inicial previsto para a licitação era de R$ 4,7 bilhões. Deste total, R$ 1,8 bilhão deveria vir do governo federal, R$ 700 milhões do governo do Paraná, R$ 700 milhões da Prefeitura de Curitiba, e R$ 1,5 bilhão da iniciativa privada.
Mas em 2016, em entrevista para o portal UOL, o então prefeito eleito de Curitiba, Rafael Greca, foi questionado sobre diversos temas sobre sua futura gestão. Sobre mobilidade urbana, disse que não pretende avançar com o projeto de metrô para a cidade.
VLT pela CBTU
O Governador do Paraná, Ratinho Junior, e diretores da Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU tinha planos ousados para o uso da via férrea que corta a região metropolitana de Curitiba para o transporte de passageiros, com a adoção de um sistema de Veículos Leves Sobre Trilhos – VLT, que teria três ramais.
Em 2019, um encontro entre o governador, autoridades e representantes da CBTU, teve como pauta um diagnóstico preliminar da primeira fase do estudo técnico para implementação do meio de transporte.
O projeto poderá ser divido em fases, sendo que a primeira corresponde à revitalização do Ramal Oeste de Curitiba, um trecho de 40 km que liga a capital ao município de Rio Branco do Sul, com uma demanda de 30 mil pessoas por dia em viagens feitas por ônibus.
Outra linha teria 20 km, ligando a capital até o município de Almirante Tamandaré. A operação deste trecho possibilita o transporte de 31.800 passageiros por sentido, num percurso de 54 minutos, com um total de 53 viagens por dia. O horário de operação proposto é das 5h às 24h.
A CBTU já opera outros sistemas leves sobre trilhos, todos com trens movidos a diesel, como em Natal, Maceió e João Pessoa.
Nenhum projeto de metrô, ou qualquer outro novo modal será implementado em Curitiba, enquanto os ônibus forem monopolizados por uma família apenas.
Provavelmente o prefeito da época, quando afirma preferir investir no sistema (ônibus) existente, se seduziu, como aliás acontece com a maioria dos prefeitos, à sedução do lobby das empresas de ônibus. É óbvio que o lobby das empresas não permitiriam, como ainda não permitem, a implementação de sistema sobre trilhos. Aqui em São Paulo esta batalha e o enriquecimento deste lobby vem desde a década de 1960. Aproveitar a linha férrea para um VLT em nada impactaria os ganhos urbanos das empresas de ônibus. Porque não VLT em eixos urbanos?
Não há demanda para metrô em Curitiba, no máximo para VLT (conforme todos os estudos apontam). O problema dos defensores do VLT é não conseguir informar de onde viriam os bilhões necessários para implantar, operar e manter o sistema.
Sem fontes de financiamento seguras (e sem estados capazes de arcar financeiramente com os empréstimos e o custeio do sistema), não adianta projetar VLT. Esse é o calcanhar de aquiles.
Lá vem o anti-transporte público vomitar achismos se achando o intelectual… quando fui pra Curitiba, em pleno fim-de-semana, só via aqueles ônibus tubo lotados… fora inúmeras partes da cidade com transporte público pífio, só dava pra ir de Uber. O que é feito com o dinheiro dos impostos do contribuinte por todos esses anos pra não ter recursos pra construir algo bom para a população? Raiva desse pessoalzinho que acha que a população tem que andar de charrete ou de caminhão de lixo…
Gabriel, transporte público é uma área importante. Não pode ser vista com achismo e paixões como você encara.
Curitiba precisa de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão para implantar um VLT. Se nem São Paulo (estado mais rico do Brasil) possui isso, acha mesmo que Curitiba ou o estado do Paraná possuem?
Obra só sai do papel com dinheiro, não com palavras bonitas.
To Penso exatamente isso. Conheci Curitiba e que vi e usei, o sistema de ônibus atende bem a demanda. OK as estações tubos precisam ser melhoradas.
E no futuro, a saída sera uma PPP nos moldes do Metrô de Salvador-Ba.