Automação Total na Linha 15-Prata: Entenda as mudanças

Nesta semana, o Metrô de São Paulo anunciou que iniciará, de forma gradual, a remoção dos operadores de dentro dos trens do monotrilho da Linha 15-Prata. A mudança começa em agosto.

Nesta terça-feira, o Gerente de Operações da operadora, Milton Junior, recebeu a imprensa no Pátio Oratório para explicar o processo. Segundo ele, o novo modelo proporcionará maior flexibilidade nas operações, especialmente na inserção ou retirada de trens em operação. No modelo atual, é necessária a presença de um operador para as manobras. Em casos de anormalidade, a “atuação é pronta”.

Sistema de sinalização

O Sistema CBTC fornecido pela Bombardier para a Linha 15 é o CITYFLO 650, que suporta os níveis de automatização de DTO (Driverless Train Operation) e UTO (Unattended Train Operation). Nesse sistema, o equipamento de via é distribuído ao longo do percurso e dividido em trechos chamados de “Regiões”. Cada Região é responsável pela movimentação segura dos trens dentro de seu espaço de controle e pela segurança de trens próximos de sua Região. Para determinar a posição do trem, o sistema utiliza um mapeamento da via em várias seções denominadas “Segmentos”. A posição de um trem é determinada pela Região em que ele se encontra, juntamente com a identificação do Segmento da Região.

Renato Lobo | Via Trolebus

De acordo com os engenheiros do Metrô, a Linha 15 já opera no nível de automação mais avançado, o GOA4. Com a saída dos operadores, o monitoramento dos trens será feito integralmente pelo CCO, inclusive durante eventuais falhas.

E os funcionários?

A empresa garantiu que nenhum operador será desligado. Dos 100 operadores atuais, 70 serão transferidos para atuar nas estações e também poderão trabalhar nas composições, se necessário. Os outros 30 serão realocados para outras linhas.

Paulistano, profissional de Marketing Digital, técnico em Transportes, Ciclista, apaixonado pelo tema da Mobilidade, é o criador do Portal Via Trolebus.